Feliz 2010!!!
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Natal em Família
Vieram para o Natal minha mãe Gilda, minha irmã Tiana e a filha Joana, Cristina e Hugo, pais de Marcelo, Santiago, irmão de Marcelo e Débora, esposa dele.
Somos 10 em casa, e para família estar completa faltaram só Zé Roberto, meu filho grande, Maria Dulce, a irmã caçula e Diego, meu eterno cunhado...
Para o almoço do dia 25 vieram ainda nossa queridíssima amiga-irmã Mariana com seus pais Antonio Carlos e Maria, e seu irmão Lucas.
Só alegrias!!!
Tiana, Joana, João Manuel e Cristina
Parte da turma no almoço dia 25 de Dezembro
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Chico Mendes
22 de Dezembro de 1988...
Muita coisa aconteceu desde esse dia.
22 de Dezembro de 2009...
Estou morando no Acre, recebendo minha família que chega para o Natal.
Que Chico e os outros tantos Seres Iluminados que zelam pelo Planeta Terra, iluminem a mente daqueles que decidem o destino da Amazónia.
Feliz Natal!!!
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Foi o Clima em Copenhague
Não consegui parar nem para respirar, que dirá atualizar o blog!
As notícias gerais todos já sabem:
Nada de concreto para reverter o aquecimento global e manter condições razoáveis para vida humana na terra.
Uma pena, uma grande oportunidade foi perdida.
Mas para a delegação do Acre a COP 15 foi MUITO legal.
Aprendizados, contatos e promoção do Estado dentro de um contexto onde podem se concretizar importantes alianças para conseguirmos fazer ao menos a nossa parte.
Pra mim, pessoalmente, valeu a oportunidade de conviver e conhecer melhor algumas pessoas que eu já conhecia, mas que a viagem me aproximou e me fez gostar ainda mais.
A foto abaixo mostra um pouco disso.
O clima em Copenhague foi de amizade.
Até breve!
Bia, Binho, Fábio e Luis
sábado, 28 de novembro de 2009
Viajando... das fronteiras do Norte da América do Sul, rumo a COP 15, em Copenhague
Desde a reunião em Assis Brasil, já rodei muito até estar de volta a minha janela em Rio Branco.
Cansada para escrever, vou tentar ser breve nas palavras mas não deixar de postar as fotos que fiz por onde passei...
Cansada para escrever, vou tentar ser breve nas palavras mas não deixar de postar as fotos que fiz por onde passei...
Depois de Assis, atravessamos a fronteira por esta bonita ponte, e demos um pulinho em Ñapari, no Perú, para comprar umas CUZQUENAs.
Dande Tavares (WWF), Bia, Alexandra Portela e Fernanda Bassan(IUCN), em Ñapari.
E depois fomos comprar a máquina fotográfica da Joana,
minha sobrinha, em Cobija, na Bolívia...
3 países em um final de tarde...
De Brasília fui ao Rio, minha terra, onde fui beijar meu filho grande lindo, que estava completando 25 anos, dia 24/11... Esta foto tirei na rua onde morei os últimos 20 anos, antes de vir morar em Rio Branco.
Suvaco do Cristo, na foto, visto da Rua Maria Angélica.
Descendo a rua/ladeira, Suvaco do Cristo abaixo, chega-se aí, na Lagoa Rodrigo de Freitas. E este aí é um dos meus lugares preferidos na minha cidade; Lugar onde paro, rezo, respiro, contemplo a beleza da Lagoa e reabasteço meu espírito para mais uma viagem...
Do Rio fui para São Paulo.
A convite da Fátima Melo, minha queridíssima amiga, participei do Seminário Entrando no Clima, Rumo a COP 15, promovido pela FASE, OXFAM, e Campanha Tic Tac Tic Tac...
E voltei a Brasilia para reunião preparatória para Copenhague, convocada Mistério das Relações Exteriores, no auditório do Itamarati.
Segundo o Embaixador Luis Alberto Figueiredo, chefe da delegação brasileira, seremos em torno de 600 delegados..."Nunca antes na história deste país" houve uma delegação tão numerosa, num encontro como este...
E na saída, a caminho do Gabinete da Senadora Marina, fui presenteada com este arco-íris, que se olharem atentamente verão, ao lado do poste de luz, na foto...
Em pleno Dia de Nossa Senhora das Graças, senti uma energia boa, um bom augúrio para COP15, uma esperança de um mundo mais possível...
E voltei pra casa, pra encontrar o mesmo arco-íris...
E da minha janela, na Amazônia,
fiquei pensando como vou compensar minhas emissões desta viagem???
Que Deus Abençoe a COP15!!!
Dande Tavares (WWF), Bia, Alexandra Portela e Fernanda Bassan(IUCN), em Ñapari.
E depois fomos comprar a máquina fotográfica da Joana,
minha sobrinha, em Cobija, na Bolívia...
3 países em um final de tarde...
De Brasília fui ao Rio, minha terra, onde fui beijar meu filho grande lindo, que estava completando 25 anos, dia 24/11... Esta foto tirei na rua onde morei os últimos 20 anos, antes de vir morar em Rio Branco.
Suvaco do Cristo, na foto, visto da Rua Maria Angélica.
Descendo a rua/ladeira, Suvaco do Cristo abaixo, chega-se aí, na Lagoa Rodrigo de Freitas. E este aí é um dos meus lugares preferidos na minha cidade; Lugar onde paro, rezo, respiro, contemplo a beleza da Lagoa e reabasteço meu espírito para mais uma viagem...
Do Rio fui para São Paulo.
A convite da Fátima Melo, minha queridíssima amiga, participei do Seminário Entrando no Clima, Rumo a COP 15, promovido pela FASE, OXFAM, e Campanha Tic Tac Tic Tac...
E voltei a Brasilia para reunião preparatória para Copenhague, convocada Mistério das Relações Exteriores, no auditório do Itamarati.
Segundo o Embaixador Luis Alberto Figueiredo, chefe da delegação brasileira, seremos em torno de 600 delegados..."Nunca antes na história deste país" houve uma delegação tão numerosa, num encontro como este...
E na saída, a caminho do Gabinete da Senadora Marina, fui presenteada com este arco-íris, que se olharem atentamente verão, ao lado do poste de luz, na foto...
Em pleno Dia de Nossa Senhora das Graças, senti uma energia boa, um bom augúrio para COP15, uma esperança de um mundo mais possível...
E voltei pra casa, pra encontrar o mesmo arco-íris...
E da minha janela, na Amazônia,
fiquei pensando como vou compensar minhas emissões desta viagem???
Que Deus Abençoe a COP15!!!
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Mais uma vez
Minha primeira vez na Amazônia foi em 1989 em Altamira. Logo depois da morte de Chico Mendes, em Fevereiro de 2009, fui chamada para fazer um trabalho voluntário de pré produção do I Encontro dos Povos Indígenas do Xingú.
O objetivo do Encontro era expor ao mundo a posição dos povos indígenas contrária a construção de barragens e hidroelétricas no Rio Xingú, que se construída, irá alagar suas terras, alterar seus ecossistemas, e afetar seus modos de vida.
Sting esteve em Altamira em 1989 e agora está de volta.
Nesta foto com Marina, Sting é + uma vez bem vindo à cena
O objetivo do Encontro era expor ao mundo a posição dos povos indígenas contrária a construção de barragens e hidroelétricas no Rio Xingú, que se construída, irá alagar suas terras, alterar seus ecossistemas, e afetar seus modos de vida.
Em 1989, nesse evento, a índia Tuíra encostou seu facão no rosto do diretor da Eletronorte, deixando bem claro que os índios não estavam de brincadeira.
A foto da cena correu o mundo pelas mãos dos mais de 200 jornalistas presentes em Altamira, mobilizou a opinião pública, e adiou por mais de 15 anos a construção da hidroelétrica, que agora volta a a pauta como obra prioritária do PAC, e mais uma vez tem os povos indígenas do Xingú como seus principais adversários.
Sting esteve em Altamira em 1989 e agora está de volta.
Nesta foto com Marina, Sting é + uma vez bem vindo à cena
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Ela merece!!!
A AMOPREAB - Associação dos Moradores e Produtores da Reserva Chico Mendes de Assis Brasil é a vencedora do Prêmio Chico Mendes 2009 , do Ministério do Meio Ambinete, na categoria Organização da Sociedade Civil!
Ela merece!!!
Conheci esta Associação já por recomendação dos parceiros do Lateq e do WWF, que indicavam as lideranças de Assis como uma turma de gente trabalhadora (difícil achar alguém na floresta que não tenha esta virtude, nem que seja por força das circunstâncias, o povo da floresta em geral é trabalhador...), e com credibilidade e capacitação para estabelecer parcerias duradouras, neste caso, um diferencial entre as demais associações que se formaram com a constituição da Reserva Extrativista Chico Mendes, e atuaram como representantes dos seus moradores, ao longo dessas últimas duas décadas, na região onde viveu o líder Chico Mendes.
Não foram poucas as dificuldades enfrentadas por estas associações no desempenho de suas atribuições. Como intermediadoras de diálogos e promotoras de atividades produtivas, passaram por um longo e tortuoso exercício de democracia e de empoderamento de sua classe, hostoricamente excluída das tomadas de decisões e da repartição de benefícios de suas atividades produtivas.
Muitas sucumbiram.
Mas há exemplos notáveis , e a AMOPREAB é um deles.
Desde 2007 venho trabalhando com esta associação na construção de uma parceria de compra e venda de FDL (Folha de Defumação Líquida ) entre a AMOPREAB e a VEJA FAIR TRADE, empresa francesa que me encomendou este trabalho.
Não que neste processo, não tenhamos nos deparado com divergências, porque houve sim problemas a resolver. Mas foram enfrentados de todas as partes com a postura do ganha ganha, da interdependência, e do interesse comum.
Sem nenhum alarde, suas lideranças não perdem o foco de seu papel na cadeia de valores: de representação, que implica em interação permanente com as bases, mas também presteza nas tomadas de decisões estratégicas, e organização da comunidade, seja dos aspectos da produção, seja de suas responsabilidades junto ao Estado como representantes legais dos moradores e cessioários da Reserva, território conquistado com muita luta.
E não posso deixar de citar as competências individuais, de lideranças como De Araújo, ex presidente, Néia, a atual presidente, Tota, Beca, Tonho, enfim, uma turma MUITO legal que parece gostar e acreditar no que faz, e faz bem o que se dispõe a fazer.
E como "não há nada que resista ao trabalho" !!! (meu filho que me deu esta frase de presente, ouvida de um professor, que talvez tenha lido nos livros...), para eles a vitória é certa, e o Prêmio é totalmente merecido.
Amadurecendo a relação
E aproveitando a homenagem, vamos dar um exemplo de como atua a AMOPREAB.
Dia 20 fizemos uma reunião em Assis para tratar do PSE (Parceria com Setor Empresarial) da VEJA.
O PSE é um modelo de projeto formatado pela GTZ (Agência de Cooperanção do Governo Alemão) para contribuir com a formação de parcerias entre comunidades produtivas e empresas, de forma a promover o equilibrio de forças entre as partes e facilitar o acesso destas comunidades ao mercado.
A reunião surpreendeu até os mais experientes em trabalhos deste gênero.
Um luxo de conversa, com problemas expostos, problemas discutidos, propostas de soluções, entendimento entre as partes.
E não foram poucas partes. Participaram da reunião além dos vários representantes da AMOPREAB, da Magna da GTZ e eu como coorcenadora do Projeto pela VEJA, estavam Tony Oliveira Diretor da SEAPROF, a Prefeita de Assis Brasil Professora Eliane Gadelha, o ex PrefeitoManoel de Araújo, Dande Tavares do WWF , Fernanda Bassan pela IUCN, Alexandra Portella como governaça da cadeia da borracha, entre outros.
Saímos de Assis depois de um dia inteiro de conversas, sem parar nem para o almoço, com ânimos renovados, com uma sensação de dever cumprido e de que tinha valido a viagem de quase 400km, saindo 6h da manhã de Rio Branco pela Estrada do Pacífico.
Parabéns a todos que contribuiram de alguma forma para viabilizar tudo isso.
Ela merece!!!
Conheci esta Associação já por recomendação dos parceiros do Lateq e do WWF, que indicavam as lideranças de Assis como uma turma de gente trabalhadora (difícil achar alguém na floresta que não tenha esta virtude, nem que seja por força das circunstâncias, o povo da floresta em geral é trabalhador...), e com credibilidade e capacitação para estabelecer parcerias duradouras, neste caso, um diferencial entre as demais associações que se formaram com a constituição da Reserva Extrativista Chico Mendes, e atuaram como representantes dos seus moradores, ao longo dessas últimas duas décadas, na região onde viveu o líder Chico Mendes.
Não foram poucas as dificuldades enfrentadas por estas associações no desempenho de suas atribuições. Como intermediadoras de diálogos e promotoras de atividades produtivas, passaram por um longo e tortuoso exercício de democracia e de empoderamento de sua classe, hostoricamente excluída das tomadas de decisões e da repartição de benefícios de suas atividades produtivas.
Muitas sucumbiram.
Mas há exemplos notáveis , e a AMOPREAB é um deles.
Desde 2007 venho trabalhando com esta associação na construção de uma parceria de compra e venda de FDL (Folha de Defumação Líquida ) entre a AMOPREAB e a VEJA FAIR TRADE, empresa francesa que me encomendou este trabalho.
Não que neste processo, não tenhamos nos deparado com divergências, porque houve sim problemas a resolver. Mas foram enfrentados de todas as partes com a postura do ganha ganha, da interdependência, e do interesse comum.
Sem nenhum alarde, suas lideranças não perdem o foco de seu papel na cadeia de valores: de representação, que implica em interação permanente com as bases, mas também presteza nas tomadas de decisões estratégicas, e organização da comunidade, seja dos aspectos da produção, seja de suas responsabilidades junto ao Estado como representantes legais dos moradores e cessioários da Reserva, território conquistado com muita luta.
E não posso deixar de citar as competências individuais, de lideranças como De Araújo, ex presidente, Néia, a atual presidente, Tota, Beca, Tonho, enfim, uma turma MUITO legal que parece gostar e acreditar no que faz, e faz bem o que se dispõe a fazer.
E como "não há nada que resista ao trabalho" !!! (meu filho que me deu esta frase de presente, ouvida de um professor, que talvez tenha lido nos livros...), para eles a vitória é certa, e o Prêmio é totalmente merecido.
Amadurecendo a relação
E aproveitando a homenagem, vamos dar um exemplo de como atua a AMOPREAB.
Dia 20 fizemos uma reunião em Assis para tratar do PSE (Parceria com Setor Empresarial) da VEJA.
O PSE é um modelo de projeto formatado pela GTZ (Agência de Cooperanção do Governo Alemão) para contribuir com a formação de parcerias entre comunidades produtivas e empresas, de forma a promover o equilibrio de forças entre as partes e facilitar o acesso destas comunidades ao mercado.
A reunião surpreendeu até os mais experientes em trabalhos deste gênero.
Um luxo de conversa, com problemas expostos, problemas discutidos, propostas de soluções, entendimento entre as partes.
E não foram poucas partes. Participaram da reunião além dos vários representantes da AMOPREAB, da Magna da GTZ e eu como coorcenadora do Projeto pela VEJA, estavam Tony Oliveira Diretor da SEAPROF, a Prefeita de Assis Brasil Professora Eliane Gadelha, o ex PrefeitoManoel de Araújo, Dande Tavares do WWF , Fernanda Bassan pela IUCN, Alexandra Portella como governaça da cadeia da borracha, entre outros.
Saímos de Assis depois de um dia inteiro de conversas, sem parar nem para o almoço, com ânimos renovados, com uma sensação de dever cumprido e de que tinha valido a viagem de quase 400km, saindo 6h da manhã de Rio Branco pela Estrada do Pacífico.
Parabéns a todos que contribuiram de alguma forma para viabilizar tudo isso.
sábado, 21 de novembro de 2009
Êh, meu amigo Charles...
Gente, o povo do Acre anda MUITO (très, very) CHIC, e não posso deixar de noticiar...
Agora é a vez do meu compadre Tashka Yawanawa (quem leu o livro Amazônia 20º Andar, vai lembrar. Lembra?...), que anda pelas terras do Reino Unido articulando alianças pela conservação de nossas florestas, com a turma do Príncipe Charles.
Por enquanto chegaram só fotos, vamos esperar que ele nos conte os detalhes de como foram suas últimas aventuras, desde o México, terra de sua esposa Laura, que é índia zapoteca, passando pelas terras da Rainha Elizabeth e a volta às terras da Rainha da Floresta.
Joaquim Tashka Yamanwa e sua linda família no México
Tudo tem a ver com Conservação da Floresta, REDD, Copenhague, temas que tem sido nosso cotidiano, e sobre o qual ele é nosso cabeça de chave.
As notícias que vem com ele entram para lista de promessas do blog...
Bateu o sono e amanhã sou eu quem vou viajar... Planalto Central, Rio de Janeiro, São Paulo, de volta ao Planalto e finalmente em casa, se Deus quiser, sexta feira 27 de Novembro, com as bênçãos de Nossa Senhora das Graças.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Très Très Chic
Jorge Viana recebeu este final de semana, a Ordre National de la Légion d'Honneur, maior honraria francesa, das mãos do presidente Sarkozy, no Palais de l'Élisée, em Paris.
A comenda foi instituída por Napoleão Bonaparte em recompensa aos méritos militares ou civis, em 1802.
Ex governador do Acre, líder da segunda Revolução Acrena, Jorge é hoje, presidente do Conselho de Administração da Helibras, empresa franco-brasileira que produz helicópteros no Brasil, e foi o articulador da compra dos caças franceses pelo exército brasileiro, recentemente.
Segundo Diego de La Texera, meu guru em assuntos políticos, a escolha da França como parceira nesta operação, foi muito mais que uma simples decisão comercial, foi uma decisão estratégica de defesa do Brasil, acertadíssima. Diego analisa que o país inova ao deixar de lado parcerias caducas com os americanos, que mesmo agora, tendo Obama no comando, não podem ser negligenciados como "patas grandes" das Américas.
Jorge demosntra mais uma vez suas habilidades políticas, faz história, e dá mais motivos de orgulho para o povo acreano.
Pra nós aqui, esse "é o cara".
Parabéns Jorge!
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Para comemorar!
Agora sim.
Hoje faz 106 anos da assinatura do Tratado de Petrópolis.
Foi a partir da assinatura deste acordo que o Acre passou a ser definitivamnete território brasileiro.
Este povo que brigou para ser brasileiro, está à frente de um dos projetos políticos mais interessantes do Brasil.
Com muito ainda para avançar, mas com orgulho e responsabilidade sobre o que já foi conquistado, os acreanos tem muitas razões para comemorar.
Parabéns!!!
Hoje faz 106 anos da assinatura do Tratado de Petrópolis.
Foi a partir da assinatura deste acordo que o Acre passou a ser definitivamnete território brasileiro.
Este povo que brigou para ser brasileiro, está à frente de um dos projetos políticos mais interessantes do Brasil.
Com muito ainda para avançar, mas com orgulho e responsabilidade sobre o que já foi conquistado, os acreanos tem muitas razões para comemorar.
Parabéns!!!
sábado, 14 de novembro de 2009
É para comemorar?
Esta semana o governo brasileiro divulgou os dados oficiais do desmatamento da Amazônia entre Agosto de 2008 e Agosto de 2009.
Menos 45% com relação ao mesmo período do ano anterior.
O dado realmente impressiona, mas ainda foram...
7 mil km2 de devastação!!!
Você já fez alguma viagem de carro na qual tenha percorrido 7mil km?
Agora pensa isso em km2...
Tudo detonado!
E os ruralistas pressionando para mudar o código florestal!
Portanto, vejo que ainda há muito a fazer e mais motivos de tristeza e de alerta, do de comemorações.
Menos 45% com relação ao mesmo período do ano anterior.
O dado realmente impressiona, mas ainda foram...
7 mil km2 de devastação!!!
Você já fez alguma viagem de carro na qual tenha percorrido 7mil km?
Agora pensa isso em km2...
Tudo detonado!
E os ruralistas pressionando para mudar o código florestal!
Portanto, vejo que ainda há muito a fazer e mais motivos de tristeza e de alerta, do de comemorações.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Diga-me com quem andas...
Fui criada por mãe canceriana, que fazia da nossa casa uma festa permanente. Aquela casa que recebia todo mundo, as amigas das três filhas, das sobrinhas, mais os amigos dela e os amigos dos amigos.
Também meu avô paterno tinha em Correias, Petrópolis, uma casa grande, onde cada um de seus 6 filhos tinha dois quartos, 1 para o casal e outro para os filhos do casal. Éramos 18 netos reunidos quase todos os finais de semana e todas as férias, de Dezembro a Março. Uma farra.
Acho que por isso, adoro casa cheia e receber amigos.
Ter um blog é quase como ter uma casa virtual.
O blog é pra mim uma extensão deste espaço de prazer, do prazer de receber amigos.
Ainda não consegui que as visitas gerem muitos comentários online.
Ainda estou em busca de um layout mais amigável para esta interação.
Mas ainda assim, tenho recebido emails deliciosos, de amigas e amigos que tem circulado por aqui, e me escrevem dando retorno de suas visitas.
Hoje de manhã, antes de sair de casa para encarar a segunda etapa das provas do vestibular da UFAC, que estou fazendo (isso mesmo, estou fazendo vestibular...pasmem!), recebi este email de Jane Vilas Boas, assessora da Senadora Marina, amiga querida, cidadã acreana por opção, assim como eu, que depois de visitar o blog, mandou suas impressões sobre a conversa do Caetano sobre Marina e Lula.
Papo fino. Reflexão super elegante (como não poderia deixar de ser...), que com consentimento dela, publico pra vocês.
E lembro que em casa também aprendi aquele velho ditado, "diga-me com quem andas, que te direi que és".
E por isso gosto de exibir meus amigos, que sempre me fazem melhor do que eu seria sem eles.
E continua a conversa...
__________________________________
Bia,
Bom começar o dia, a semana vendo seu blog...
Bom ver que há maneiras de dizer e interpretar que não se esgotam quando há diálogo. Sua interpretação do que Caetano disse é muito legal. No entanto para mim talvez o problema seja a escolha que ele fez das palavras para dizer o que ele disse. Assim, o problema é que ele disse com uma palavra que já virou um signo clássico - um significante colado em um significado que não muda: analfabeto diz para a maioria das pessoas que se trata de alguém sem a capacidade mínima de leitura, seja gráfica, seja simbólica. É preciso estar alinhada, simpática, ter intimidade com quem disse para entender de outra forma essa palavra tão marcada. Com todos esses requisitos para ser compreendido - e certamente ele, Caetano, sabe disso - dizer dessa forma é correr riscos. Mas certamente ele não tem medo disso, aliás deve ser lúdico, né?
E se você me permite, acho que as escolhas dos Lula pelo "nós vai" literal ou não, é um esforço de inclusão, de resgate de identidades, de oferta de um espelho para os que nunca o tiveram colocados em lugares até agora tão específicos para a elite (também em todos os sentidos que elite tem).
É uma escolha boa? Acho que não. Mas é opinião minha. Respeito a escolha que ele faz e aí não se trata de ser analfabeto, mas de fazer uma leitura política própria da representação popular, da qual se pode discordar mas não supor que é incompetente ou ignorante. E tenho dúvida se nos começos certas coisas já não cabem mais. Acho que o governo Lula fez mudanças boas e grandes em nosso país, em todos os setores, inclusive no ambiental. Mas ainda não viraram valores dominantes essas medidas, não viraram cultura nacional. Ainda pode retroagir muita coisa. Por isso tenho dúvidas se os esforços de todos os tipos já estão desnecessários, mesmo que discorde da tática.
Quanto a Lula não ouvir, não concordar com nossa visão de como estar no mundo e interagir com ele, também não acho que seja ignorância. Não do Lula. Ele ouviu muito a Marina, participou de reuniões enormes com muitos órgãos do governo tratando de temas estratégicos do meio ambiente. Ele tem outras convicções formadas a partir de muitos conteúdos de boa qualidade e por sua história de vida sindical, urbana, industrial. Ele não valoriza essa outra visão que é nossa. Por isso a Marina saiu do PT. Ficou claro que não havia nenhuma chance de ter sua visão acolhida e incorporada. E não era por fragilidade de informação dos líderes petistas. Era por uma convicção forte, de qualidade, orientada para outro rumo. Se houvesse alguma chance de diálogo, acúmulo de informação, revelação do novo, etc. a Marina teria ficado e lutado. Acho que se Lula fosse analfabeto teria havido uma chance. Mas vendo as coisas dessa forma que expus agora, ficar seria a alternativa consequente de subestimar a sofisticação do pensamento desse grupo, a densidade de seus conteúdos e, dessa forma ficar seria perder tempo tentando algo que não acontecerá. Por isso ela saiu.
Quanto a Mangabeira, de novo acho que há dificuldades entre forma e conteúdo. Quando ele fala de soerguimento é a forma. O conteúdo de soerguimento para ele é o que consideramos velho. Tem estratégias arcaicas, tem certezas calcificadas em molho acadêmico de outra história, outra cultura. E tem uma visão que subestima a criatividade e a consistência dos saberes locais. Sem eles as mudanças não serão construídas, mas impostas. E o Mangabeira jamais quis usar o que ele conhece para dialogar com os saberes da região, ele tem certeza de que sabe o que fazer. Isso é muito arrogante e, com o poder na mão, se torna perigoso.
Me encanta te saber tão inteligente e sofisticada por pura porosidade em relação a tudo que você teve ao alcance dos olhos, dos outros sentidos e do pensamento. Viva você!
Beijo,
Jane
Também meu avô paterno tinha em Correias, Petrópolis, uma casa grande, onde cada um de seus 6 filhos tinha dois quartos, 1 para o casal e outro para os filhos do casal. Éramos 18 netos reunidos quase todos os finais de semana e todas as férias, de Dezembro a Março. Uma farra.
Acho que por isso, adoro casa cheia e receber amigos.
Ter um blog é quase como ter uma casa virtual.
O blog é pra mim uma extensão deste espaço de prazer, do prazer de receber amigos.
Ainda não consegui que as visitas gerem muitos comentários online.
Ainda estou em busca de um layout mais amigável para esta interação.
Mas ainda assim, tenho recebido emails deliciosos, de amigas e amigos que tem circulado por aqui, e me escrevem dando retorno de suas visitas.
Hoje de manhã, antes de sair de casa para encarar a segunda etapa das provas do vestibular da UFAC, que estou fazendo (isso mesmo, estou fazendo vestibular...pasmem!), recebi este email de Jane Vilas Boas, assessora da Senadora Marina, amiga querida, cidadã acreana por opção, assim como eu, que depois de visitar o blog, mandou suas impressões sobre a conversa do Caetano sobre Marina e Lula.
Papo fino. Reflexão super elegante (como não poderia deixar de ser...), que com consentimento dela, publico pra vocês.
E lembro que em casa também aprendi aquele velho ditado, "diga-me com quem andas, que te direi que és".
E por isso gosto de exibir meus amigos, que sempre me fazem melhor do que eu seria sem eles.
E continua a conversa...
__________________________________
Bia,
Bom começar o dia, a semana vendo seu blog...
Bom ver que há maneiras de dizer e interpretar que não se esgotam quando há diálogo. Sua interpretação do que Caetano disse é muito legal. No entanto para mim talvez o problema seja a escolha que ele fez das palavras para dizer o que ele disse. Assim, o problema é que ele disse com uma palavra que já virou um signo clássico - um significante colado em um significado que não muda: analfabeto diz para a maioria das pessoas que se trata de alguém sem a capacidade mínima de leitura, seja gráfica, seja simbólica. É preciso estar alinhada, simpática, ter intimidade com quem disse para entender de outra forma essa palavra tão marcada. Com todos esses requisitos para ser compreendido - e certamente ele, Caetano, sabe disso - dizer dessa forma é correr riscos. Mas certamente ele não tem medo disso, aliás deve ser lúdico, né?
E se você me permite, acho que as escolhas dos Lula pelo "nós vai" literal ou não, é um esforço de inclusão, de resgate de identidades, de oferta de um espelho para os que nunca o tiveram colocados em lugares até agora tão específicos para a elite (também em todos os sentidos que elite tem).
É uma escolha boa? Acho que não. Mas é opinião minha. Respeito a escolha que ele faz e aí não se trata de ser analfabeto, mas de fazer uma leitura política própria da representação popular, da qual se pode discordar mas não supor que é incompetente ou ignorante. E tenho dúvida se nos começos certas coisas já não cabem mais. Acho que o governo Lula fez mudanças boas e grandes em nosso país, em todos os setores, inclusive no ambiental. Mas ainda não viraram valores dominantes essas medidas, não viraram cultura nacional. Ainda pode retroagir muita coisa. Por isso tenho dúvidas se os esforços de todos os tipos já estão desnecessários, mesmo que discorde da tática.
Quanto a Lula não ouvir, não concordar com nossa visão de como estar no mundo e interagir com ele, também não acho que seja ignorância. Não do Lula. Ele ouviu muito a Marina, participou de reuniões enormes com muitos órgãos do governo tratando de temas estratégicos do meio ambiente. Ele tem outras convicções formadas a partir de muitos conteúdos de boa qualidade e por sua história de vida sindical, urbana, industrial. Ele não valoriza essa outra visão que é nossa. Por isso a Marina saiu do PT. Ficou claro que não havia nenhuma chance de ter sua visão acolhida e incorporada. E não era por fragilidade de informação dos líderes petistas. Era por uma convicção forte, de qualidade, orientada para outro rumo. Se houvesse alguma chance de diálogo, acúmulo de informação, revelação do novo, etc. a Marina teria ficado e lutado. Acho que se Lula fosse analfabeto teria havido uma chance. Mas vendo as coisas dessa forma que expus agora, ficar seria a alternativa consequente de subestimar a sofisticação do pensamento desse grupo, a densidade de seus conteúdos e, dessa forma ficar seria perder tempo tentando algo que não acontecerá. Por isso ela saiu.
Quanto a Mangabeira, de novo acho que há dificuldades entre forma e conteúdo. Quando ele fala de soerguimento é a forma. O conteúdo de soerguimento para ele é o que consideramos velho. Tem estratégias arcaicas, tem certezas calcificadas em molho acadêmico de outra história, outra cultura. E tem uma visão que subestima a criatividade e a consistência dos saberes locais. Sem eles as mudanças não serão construídas, mas impostas. E o Mangabeira jamais quis usar o que ele conhece para dialogar com os saberes da região, ele tem certeza de que sabe o que fazer. Isso é muito arrogante e, com o poder na mão, se torna perigoso.
Me encanta te saber tão inteligente e sofisticada por pura porosidade em relação a tudo que você teve ao alcance dos olhos, dos outros sentidos e do pensamento. Viva você!
Beijo,
Jane
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Atenção galera!
Parece que eu só tenho este assunto para publicar aqui...
E é verdade!
São muitas variações sobre o mesmo tema.
A seguir copio artigo de Marina publicado hoje na Folha de São Paulo.
Folha de S. Paulo (9/11/2009)
Todo mundo e ninguém
MARINA SILVA
Terminou sem acordo, na sexta, em Barcelona, a última etapa oficial de
negociação para a Cúpula do Clima. Embora essa expressão já tenha se
transformado quase em chavão, faltou vontade política para chegar a um
consenso antes do encontro de Copenhague, daqui a quatro semanas.
Com raras exceções, os países se recusam a apresentar metas
substanciais de cortes nas emissões de gases-estufa, o que não é
condizente com a gravidade do problema.
Permanecem, no jogo diplomático, as cobranças mútuas de metas entre os
países em desenvolvimento e os desenvolvidos. Ao cabo, sobram apenas
declarações de intenções, sem resultado prático.
O Brasil, lamentavelmente, parece seguir o mesmo caminho. Resiste a
apresentar meta de redução de gases de efeito estufa que vá além da
promessa de diminuição do desmatamento da Amazônia, que, se espera,
possa ser revertido pela pressão dos setores mais lúcidos do governo e
da sociedade.
Autoridades brasileiras chegaram a declarar, na semana passada, que o
Brasil não apresentaria meta em Copenhague para não criar
constrangimentos aos demais países em desenvolvimento. O governo
parece temer uma "saia justa" com importantes parceiros comerciais,
como Índia e China.
Diante desse quadro, lembro de um antigo dito popular que conta a
história de Todo Mundo, Alguém, Qualquer Um e Ninguém, encarregados de
uma tarefa importante. A história termina assim: Todo Mundo culpou
Alguém quando Ninguém fez o que Qualquer Um, agindo com
responsabilidade, poderia ter feito.
Enquanto isso, a ciência moderna afirma, majoritária e
categoricamente, que caminhamos para um colapso climático. A maioria
da população mundial se mostra preocupada e demonstra apoio a decisões
mais ousadas, para que se evite o pior. Mas os governos dos países
ricos, que mais podem contribuir para uma solução satisfatória,
dividem-se entre aqueles que querem fazer pouco e os que não querem
fazer praticamente nada.
Poucos países têm quebrado essa regra. Um bom exemplo é o da Noruega,
que se comprometeu a reduzir em 40% as emissões até 2020 e criou um
dos maiores programas voluntários de proteção das florestas tropicais
do mundo. Porém, parece ter sido totalmente ignorado.
Apesar da necessidade de um regramento jurídico internacional para a
redução das emissões de gases-estufa, até agora só se veem intenções
políticas genéricas. Os governantes não querem sair da condição de
"sujeitos indeterminados" na luta contra as mudanças do clima. A
maioria tem se abrigado na inaceitável sombra da irresponsabilidade
comum e indiferenciada.
Até quando?
E é verdade!
São muitas variações sobre o mesmo tema.
A seguir copio artigo de Marina publicado hoje na Folha de São Paulo.
Folha de S. Paulo (9/11/2009)
Todo mundo e ninguém
MARINA SILVA
Terminou sem acordo, na sexta, em Barcelona, a última etapa oficial de
negociação para a Cúpula do Clima. Embora essa expressão já tenha se
transformado quase em chavão, faltou vontade política para chegar a um
consenso antes do encontro de Copenhague, daqui a quatro semanas.
Com raras exceções, os países se recusam a apresentar metas
substanciais de cortes nas emissões de gases-estufa, o que não é
condizente com a gravidade do problema.
Permanecem, no jogo diplomático, as cobranças mútuas de metas entre os
países em desenvolvimento e os desenvolvidos. Ao cabo, sobram apenas
declarações de intenções, sem resultado prático.
O Brasil, lamentavelmente, parece seguir o mesmo caminho. Resiste a
apresentar meta de redução de gases de efeito estufa que vá além da
promessa de diminuição do desmatamento da Amazônia, que, se espera,
possa ser revertido pela pressão dos setores mais lúcidos do governo e
da sociedade.
Autoridades brasileiras chegaram a declarar, na semana passada, que o
Brasil não apresentaria meta em Copenhague para não criar
constrangimentos aos demais países em desenvolvimento. O governo
parece temer uma "saia justa" com importantes parceiros comerciais,
como Índia e China.
Diante desse quadro, lembro de um antigo dito popular que conta a
história de Todo Mundo, Alguém, Qualquer Um e Ninguém, encarregados de
uma tarefa importante. A história termina assim: Todo Mundo culpou
Alguém quando Ninguém fez o que Qualquer Um, agindo com
responsabilidade, poderia ter feito.
Enquanto isso, a ciência moderna afirma, majoritária e
categoricamente, que caminhamos para um colapso climático. A maioria
da população mundial se mostra preocupada e demonstra apoio a decisões
mais ousadas, para que se evite o pior. Mas os governos dos países
ricos, que mais podem contribuir para uma solução satisfatória,
dividem-se entre aqueles que querem fazer pouco e os que não querem
fazer praticamente nada.
Poucos países têm quebrado essa regra. Um bom exemplo é o da Noruega,
que se comprometeu a reduzir em 40% as emissões até 2020 e criou um
dos maiores programas voluntários de proteção das florestas tropicais
do mundo. Porém, parece ter sido totalmente ignorado.
Apesar da necessidade de um regramento jurídico internacional para a
redução das emissões de gases-estufa, até agora só se veem intenções
políticas genéricas. Os governantes não querem sair da condição de
"sujeitos indeterminados" na luta contra as mudanças do clima. A
maioria tem se abrigado na inaceitável sombra da irresponsabilidade
comum e indiferenciada.
Até quando?
sábado, 7 de novembro de 2009
Novamente Marina...(2ª versão)
E de novo vamos falar da elegância.
Mas agora quem fala é Caetano...
"Se ela for, voto nela, com a esperança de que ela, com sensatez que sempre demonstra, acolha a complexidade da realidade. E, no poder, seja mais pragmática que Lula. E mais elegante, o que já é."
"Não posso deixar de votar nela. É por demais forte, simbolicamente, para eu não me abalar. Marina é Lula e é Obama ao mesmo tempo. Ela é meio preta, é cabocla, é inteligente como o Obama, não é analfabeta como o Lula, que não sabe falar, é cafona falando, grosseiro. Ela fala bem."
Na minha primeira leitura, amei a entrevista do Caetano, e ontem com sono, foi isso que quis postar aqui.
Hoje, depois de muita conversa e de ler nos jornais a reação geral de quem se interessou pelo assunto, eu acho que amadureci minha opinião, e estou editando o post para que fique fiel ao que estou pensando agora.
Primeiro, acho que como Caetano falava de elegância, ele próprio poderia ter sido mais elegante na forma de se referir a debilidade de linguagem de Lula, que tb no meu entendimento, é motivo de vergonha nacional!
Se Caetano não tivesse sido deselegante, a crítica teria sido melhor aceita.
Chama-lo de analfabeto, deu armas aos inimigos.
Sei bem como é isso, porque tenho sangue quente e muitas vezes já perdi a razão por não usar o tom certo na hora de argumentar.
Mas o que eu entendi das palavras do Caetano, e concordei com ele, é que Marina, ao mesmo tempo que traz consigo o simbolismo da pessoa de origem humilde, que trilhou longos caminhos e superou grandes obstáculos sociais para chegar onde chegou, foi além. Ela se diferencia de Lula pela opção que fez pelo conhecimento, pela cultura, pelo aprendizado.
Marina lê. Lula faz questão de anunciar publicamente que não lê!
Parece que com isso quer provar o quanto se pode mesmo não tendo nada, nem estudo...
Quer que o povo se identifique com isso.
Mas eu prefiro o exemplo de Marina.
A mensagem da trajetória de Marina, é que com força de vontade e determinação, mesmo as pessoas dos meios sociais mais excluídos podem trilhar o caminho do aprendizado e do saber.
E chegar lá!
Marina nasceu seringueira, no Seringal Bagaço, onde não tinha escola (muitos seringais até hoje não tem) se alfabetizou aos 15 anos pelo Mobral...foi empregada doméstica e hoje é formada em História pela Universidade Federal do Acre. Tem centenas de títulos, prêmios e comendas, que não cabem aqui neste post, e aí vai o link para quem quiser ver:
http://www.senado.gov.br/web/senador/marinasi/curriculum.asp
Por isso a associação de Marina com Obama é inevitável, não só porque ela é negra como ele, mas porque é um símbolo de grandeza e nobreza, e por ter vencido os preconceitos com fidelidade aos seus princípios e capacidade de fazer política com elegância.
Lula é uma líder de inteligência e acuidade política incontestáveis. Fez muito pelo Brasil, e ainda fará.
Mas sua visão do mundo, na minha opinião, é atrasada.
Aparentemente, porque não se dá ao trabalho de estudar, de se lapidar.
Talvez por não ler, não consiga alcançar a diferença entre crescimento acelerado, e desenvolvimento sustentável. E não consegue entender o quanto o segundo pode ser estrategicamente melhor para o Brasil, como potência ambiental que é, como Marina sempre aborda em seus discursos.
Um papo longo, que podemos retomar noutro momento...
Mas de toda essa conversa, tirei uma lição.
Não precisamos detonar Lula para valorizar Marina.
Ela mesma não cai nessa.
Mantém inabalável sua elegância, até com seus oponentes.
De qualquer forma, seja MUITO bem vindo Caetano!
Que pode aprender com isso também...
Porque cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.
Mas agora quem fala é Caetano...
"Se ela for, voto nela, com a esperança de que ela, com sensatez que sempre demonstra, acolha a complexidade da realidade. E, no poder, seja mais pragmática que Lula. E mais elegante, o que já é."
"Não posso deixar de votar nela. É por demais forte, simbolicamente, para eu não me abalar. Marina é Lula e é Obama ao mesmo tempo. Ela é meio preta, é cabocla, é inteligente como o Obama, não é analfabeta como o Lula, que não sabe falar, é cafona falando, grosseiro. Ela fala bem."
Na minha primeira leitura, amei a entrevista do Caetano, e ontem com sono, foi isso que quis postar aqui.
Hoje, depois de muita conversa e de ler nos jornais a reação geral de quem se interessou pelo assunto, eu acho que amadureci minha opinião, e estou editando o post para que fique fiel ao que estou pensando agora.
Primeiro, acho que como Caetano falava de elegância, ele próprio poderia ter sido mais elegante na forma de se referir a debilidade de linguagem de Lula, que tb no meu entendimento, é motivo de vergonha nacional!
Se Caetano não tivesse sido deselegante, a crítica teria sido melhor aceita.
Chama-lo de analfabeto, deu armas aos inimigos.
Sei bem como é isso, porque tenho sangue quente e muitas vezes já perdi a razão por não usar o tom certo na hora de argumentar.
Mas o que eu entendi das palavras do Caetano, e concordei com ele, é que Marina, ao mesmo tempo que traz consigo o simbolismo da pessoa de origem humilde, que trilhou longos caminhos e superou grandes obstáculos sociais para chegar onde chegou, foi além. Ela se diferencia de Lula pela opção que fez pelo conhecimento, pela cultura, pelo aprendizado.
Marina lê. Lula faz questão de anunciar publicamente que não lê!
Parece que com isso quer provar o quanto se pode mesmo não tendo nada, nem estudo...
Quer que o povo se identifique com isso.
Mas eu prefiro o exemplo de Marina.
A mensagem da trajetória de Marina, é que com força de vontade e determinação, mesmo as pessoas dos meios sociais mais excluídos podem trilhar o caminho do aprendizado e do saber.
E chegar lá!
Marina nasceu seringueira, no Seringal Bagaço, onde não tinha escola (muitos seringais até hoje não tem) se alfabetizou aos 15 anos pelo Mobral...foi empregada doméstica e hoje é formada em História pela Universidade Federal do Acre. Tem centenas de títulos, prêmios e comendas, que não cabem aqui neste post, e aí vai o link para quem quiser ver:
http://www.senado.gov.br/web/senador/marinasi/curriculum.asp
Por isso a associação de Marina com Obama é inevitável, não só porque ela é negra como ele, mas porque é um símbolo de grandeza e nobreza, e por ter vencido os preconceitos com fidelidade aos seus princípios e capacidade de fazer política com elegância.
Lula é uma líder de inteligência e acuidade política incontestáveis. Fez muito pelo Brasil, e ainda fará.
Mas sua visão do mundo, na minha opinião, é atrasada.
Aparentemente, porque não se dá ao trabalho de estudar, de se lapidar.
Talvez por não ler, não consiga alcançar a diferença entre crescimento acelerado, e desenvolvimento sustentável. E não consegue entender o quanto o segundo pode ser estrategicamente melhor para o Brasil, como potência ambiental que é, como Marina sempre aborda em seus discursos.
Um papo longo, que podemos retomar noutro momento...
Mas de toda essa conversa, tirei uma lição.
Não precisamos detonar Lula para valorizar Marina.
Ela mesma não cai nessa.
Mantém inabalável sua elegância, até com seus oponentes.
De qualquer forma, seja MUITO bem vindo Caetano!
Que pode aprender com isso também...
Porque cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Onde o vento faz a curva...
O Acre é realmente quente...
Além da temperatura, dizem os cientistas que estamos aqui num hot spot de biodiversidade.
E se levarmos em conta quantas coisas acontecem por aqui ao mesmo tempo, temos que falar que tb por isso aqui é quente!
Neste pequeno estado que fica aqui onde o vento faz a curva, não dá pra passar uma semana sem surpresas...
Semana passada, além da coruja, até OVNI circulou pelo céu de Rio Branco.
Depois os ufólogos jogaram água fria dizendo que era avião, mas até que tudo fosse esclarecido, tinha gente já fazendo as malas para ir surfar na via láctea.
No meu caso, a rotina não está fugindo à regra.
A novidade do momento, é que fui convidada para ir a COP 15 em Kopenhagen em Dezembro.
Depois darei mais detalhes, mas por ora digo que estou super feliz com a oportunidade de ir assistir ao vivo e a cores as negociações dos novos acordos mundiais sobre o CLIMA, mesmo que de longe, sem apitar nada.
Nos últimos meses, por conta do Plano Estratégico da Borracha do Acre, que estou coordenando, tenho estado às voltas com este tema.
Estou estudando, participando de cursos, seminários, e adorando saber um pouquinho mais sobre este assunto.
Meu objetivo é introduzir nas cadeias produtivas da sociobiodiversidade, o componente de "prestação de serviços ambientais", ou simplesmente PSA (ou PES, em inglês), e com isso gerar aumento de renda para as comunidades extrativistas e conservação de biodiversidade. Sempre isso!
As fórmulas para cálculo de emissões, e não emissões, são super complexas, mas o raciocínio do REDD é razoavelmente simples: Quem tiver florestas e se comprometer a conserva-las, evitando o desmatamento e a degradação, pode cobrar algo por isso.
Seja no mercado regulatório, que depende da inclusão das florestas nos acordos oficiais entre as nações, que serão fechados em Kopenhegen e/ou pós Kopenhagen, ou no mercado voluntário, como aquele que permitiu o acordo entre o Acre e a SKY, há hoje em curso uma nova fórmula de valorização deste "ativo florestal".
Surgem com isso oportunidades para as populações tradicionais da Amazônia serem remuneradas pelo importante serviço que vem prestando há séculos, de conservação da biodiversidade e principalmente, o que hoje é mais claro que nunca, de conservação das condições de vida em todo planeta!
Explico:
A partir do estudo das imagens de satélite que vêm sendo colhidas nos últimos anos, os cientistas não tem mais dúvidas quanto ao papel decisivo das florestas tropicais na formação das chuvas em todo planeta.
As florestas funcionam não só como fabricantes de água, mas também como bombas d'água que distribuem chuvas para o mundo.
Uma imagem muito linda que recebi num desses cursos, é de que em cima da Amazônia, no céu, corre um rio atmosférico, muito mais caudaloso que o Rio Amazonas...Achei isso o máximo!!!
E outra coisa que adorei, foi saber como funciona o fluxo deste rio atmosférico.
A grosso modo seria assim:
As chuvas são formadas, entre outras coisas, pela evaporação das gotas d' água que ficam armazenadas nas copas das árvores. Com os ventos que vem dos oceanos, do Caribe principalmente, são empurradas para dentro do continente, aqui pelo Norte; ao se depararem com a Cordilheira dos Andes, os ventos passam a correr para o sul da América Latina, sendo responsáveis por, praticamente, todo o regime de chuvas do sul do continente...
Ou seja, é aqui que o vento faz a curva!!!
Se fôssemos todos sãos, não precisaríamos muito mais que isso para que os chefes das nações, especialmente o governo brasileiro, se responsabilizassem de forma permanente e irrevogável com a conservação desta floresta.
Mas não é bem assim...
Por isso os entendidos estão bastante céticos com relação as discussões da COP15 e do que vem a seguir.
De qualquer forma, que tal ficarmos a refletir:
E se parasse de chover???
Além da temperatura, dizem os cientistas que estamos aqui num hot spot de biodiversidade.
E se levarmos em conta quantas coisas acontecem por aqui ao mesmo tempo, temos que falar que tb por isso aqui é quente!
Neste pequeno estado que fica aqui onde o vento faz a curva, não dá pra passar uma semana sem surpresas...
Semana passada, além da coruja, até OVNI circulou pelo céu de Rio Branco.
Depois os ufólogos jogaram água fria dizendo que era avião, mas até que tudo fosse esclarecido, tinha gente já fazendo as malas para ir surfar na via láctea.
No meu caso, a rotina não está fugindo à regra.
A novidade do momento, é que fui convidada para ir a COP 15 em Kopenhagen em Dezembro.
Depois darei mais detalhes, mas por ora digo que estou super feliz com a oportunidade de ir assistir ao vivo e a cores as negociações dos novos acordos mundiais sobre o CLIMA, mesmo que de longe, sem apitar nada.
Nos últimos meses, por conta do Plano Estratégico da Borracha do Acre, que estou coordenando, tenho estado às voltas com este tema.
Estou estudando, participando de cursos, seminários, e adorando saber um pouquinho mais sobre este assunto.
Meu objetivo é introduzir nas cadeias produtivas da sociobiodiversidade, o componente de "prestação de serviços ambientais", ou simplesmente PSA (ou PES, em inglês), e com isso gerar aumento de renda para as comunidades extrativistas e conservação de biodiversidade. Sempre isso!
As fórmulas para cálculo de emissões, e não emissões, são super complexas, mas o raciocínio do REDD é razoavelmente simples: Quem tiver florestas e se comprometer a conserva-las, evitando o desmatamento e a degradação, pode cobrar algo por isso.
Seja no mercado regulatório, que depende da inclusão das florestas nos acordos oficiais entre as nações, que serão fechados em Kopenhegen e/ou pós Kopenhagen, ou no mercado voluntário, como aquele que permitiu o acordo entre o Acre e a SKY, há hoje em curso uma nova fórmula de valorização deste "ativo florestal".
Surgem com isso oportunidades para as populações tradicionais da Amazônia serem remuneradas pelo importante serviço que vem prestando há séculos, de conservação da biodiversidade e principalmente, o que hoje é mais claro que nunca, de conservação das condições de vida em todo planeta!
Explico:
A partir do estudo das imagens de satélite que vêm sendo colhidas nos últimos anos, os cientistas não tem mais dúvidas quanto ao papel decisivo das florestas tropicais na formação das chuvas em todo planeta.
As florestas funcionam não só como fabricantes de água, mas também como bombas d'água que distribuem chuvas para o mundo.
Uma imagem muito linda que recebi num desses cursos, é de que em cima da Amazônia, no céu, corre um rio atmosférico, muito mais caudaloso que o Rio Amazonas...Achei isso o máximo!!!
E outra coisa que adorei, foi saber como funciona o fluxo deste rio atmosférico.
A grosso modo seria assim:
As chuvas são formadas, entre outras coisas, pela evaporação das gotas d' água que ficam armazenadas nas copas das árvores. Com os ventos que vem dos oceanos, do Caribe principalmente, são empurradas para dentro do continente, aqui pelo Norte; ao se depararem com a Cordilheira dos Andes, os ventos passam a correr para o sul da América Latina, sendo responsáveis por, praticamente, todo o regime de chuvas do sul do continente...
Ou seja, é aqui que o vento faz a curva!!!
Se fôssemos todos sãos, não precisaríamos muito mais que isso para que os chefes das nações, especialmente o governo brasileiro, se responsabilizassem de forma permanente e irrevogável com a conservação desta floresta.
Mas não é bem assim...
Por isso os entendidos estão bastante céticos com relação as discussões da COP15 e do que vem a seguir.
De qualquer forma, que tal ficarmos a refletir:
E se parasse de chover???
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
No Batalhão da Rainha
O Acre já foi um país.
Em 14 Julho de 1899 foi proclamado aqui nessas terras, o Estado Independente do Acre, por Galvez Árias e seus aliados da Junta Revolucionária, num ato de rebeldia ao governo brasileiro, que se recusava a reconhecer o movimento dos seringalistas daqui, que queriam o território brasileiro, e não boliviano, como era até então...
E assim perdurou até Março de 1900, quando o governo do Brasil depõe Galvez e devolve o Acre a Bolívia.
Este movimento precedeu a Revolução Acreana em 1903, quando finalmente o gaúcho Plácido de Castro toma o Acre dos boliviandos, numa batalha armada, que durou mais de ano, e o território passa definitivamente as mãos dos brasileiros.
Depois de passar 61 como território, em 1962 (um ano antes de eu nascer...) o Terriório do Acre é promovido a Estado.
Mas toda esta introdução histórica é para dizer que neste cenário de tantas excentricidades geopolíticas, há aqui no Acre uma Rainha.
Rainha, com seu batalhão, seus súditos, e seu território com horário e leis próprias...
No Alto Santo, bairro da cidade onde está sua Igreja, o horário novo do Acre, que por lei votada no Senado Federal em 2008 adiantou 1 hora o fuso horário acreano, não foi adotado...
Sua Igreja é tombada pelo património histórico, e nas datas oficiais, governadores e políticos não podem faltar.
Ano passado, ainda como Ministro da Cultura, Gilberto Gil esteve lá para receber em mãos do governador acreano, o pedido ao IPHAN de reconhecimento da ayahasca, bebida sagrada zelada por esta Rainha, como "patrimônio da cultura brasileira" .
Durante a cerimónia, o governador Binho Marques disse ao Ministro Gil e a todos os presentes: "É muito fácil construir prédios, mas é muito difícil construir uma fortaleza cultural como esta. É nossa reserva moral, a nossa fonte de sabedoria."
Desde sempre me senti parte deste Batalhão, mas ontem, com muita honra, recebi minha farda.
O que isso significa? Que mais do que antes, devo a Rainha da Floresta, devoção e respeito, no mundo material e espiritual.
Vivo aqui sob suas bençãos e proteção.
Sirvo e dedico a ela meu trabalho em busca de melhores condições de vida para o povo da floresta, e na sua doutrina, vou estudar para me transformar num ser humano melhor.
Viva a Rainha da Floresta!!!
Em 14 Julho de 1899 foi proclamado aqui nessas terras, o Estado Independente do Acre, por Galvez Árias e seus aliados da Junta Revolucionária, num ato de rebeldia ao governo brasileiro, que se recusava a reconhecer o movimento dos seringalistas daqui, que queriam o território brasileiro, e não boliviano, como era até então...
E assim perdurou até Março de 1900, quando o governo do Brasil depõe Galvez e devolve o Acre a Bolívia.
Este movimento precedeu a Revolução Acreana em 1903, quando finalmente o gaúcho Plácido de Castro toma o Acre dos boliviandos, numa batalha armada, que durou mais de ano, e o território passa definitivamente as mãos dos brasileiros.
Depois de passar 61 como território, em 1962 (um ano antes de eu nascer...) o Terriório do Acre é promovido a Estado.
Mas toda esta introdução histórica é para dizer que neste cenário de tantas excentricidades geopolíticas, há aqui no Acre uma Rainha.
Rainha, com seu batalhão, seus súditos, e seu território com horário e leis próprias...
No Alto Santo, bairro da cidade onde está sua Igreja, o horário novo do Acre, que por lei votada no Senado Federal em 2008 adiantou 1 hora o fuso horário acreano, não foi adotado...
Sua Igreja é tombada pelo património histórico, e nas datas oficiais, governadores e políticos não podem faltar.
Ano passado, ainda como Ministro da Cultura, Gilberto Gil esteve lá para receber em mãos do governador acreano, o pedido ao IPHAN de reconhecimento da ayahasca, bebida sagrada zelada por esta Rainha, como "patrimônio da cultura brasileira" .
Durante a cerimónia, o governador Binho Marques disse ao Ministro Gil e a todos os presentes: "É muito fácil construir prédios, mas é muito difícil construir uma fortaleza cultural como esta. É nossa reserva moral, a nossa fonte de sabedoria."
Desde sempre me senti parte deste Batalhão, mas ontem, com muita honra, recebi minha farda.
O que isso significa? Que mais do que antes, devo a Rainha da Floresta, devoção e respeito, no mundo material e espiritual.
Vivo aqui sob suas bençãos e proteção.
Sirvo e dedico a ela meu trabalho em busca de melhores condições de vida para o povo da floresta, e na sua doutrina, vou estudar para me transformar num ser humano melhor.
Viva a Rainha da Floresta!!!
domingo, 1 de novembro de 2009
Visitante
Ontem à noite qdo Marcelo foi se deitar, eu já dormia.
Entrou em nosso quarto e disse ter se sentido observado...
Eis que se deparou com esta LINDA visitante em cima do armário do closet.
Me acordou e concordamos em deixar ela onde estava e pensarmos no que fazer pela manhã.
Acordamos e lá estava ela.
Fotografei para mostrar a vocês e guardar.
Corujas pra nós são símbolos de sabedoria e espiritualidade.
Hoje é um dia muito especial pra mim.
A partir da noite deste dia 1º de Novembro de 2009, passo a fazer parte oficialmente do Batalhão da Madrinha Peregrina Gomes Serra, no Centro De Iluminação Cristã Luz Universal - Ciclu Alto Santo, igreja fundada pelo Mestre Raimundo Irineu Serra seu esposo, e de quem é herdeira dignitária.
Considero esta visita um bom augurio para a jornada que inicio.
Que Deus nos abençoe com sabedoria hoje e sempre!
Entrou em nosso quarto e disse ter se sentido observado...
Eis que se deparou com esta LINDA visitante em cima do armário do closet.
Me acordou e concordamos em deixar ela onde estava e pensarmos no que fazer pela manhã.
Acordamos e lá estava ela.
Fotografei para mostrar a vocês e guardar.
Corujas pra nós são símbolos de sabedoria e espiritualidade.
Hoje é um dia muito especial pra mim.
A partir da noite deste dia 1º de Novembro de 2009, passo a fazer parte oficialmente do Batalhão da Madrinha Peregrina Gomes Serra, no Centro De Iluminação Cristã Luz Universal - Ciclu Alto Santo, igreja fundada pelo Mestre Raimundo Irineu Serra seu esposo, e de quem é herdeira dignitária.
Considero esta visita um bom augurio para a jornada que inicio.
Que Deus nos abençoe com sabedoria hoje e sempre!
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
CORUMBIARA, O FILME: Imperdível!!!!
Não dá para explicar. TEM que ver; só vendo.
Forte sem ser violento.
Profundo, delicado, inquietante, assustador, envolvente...
Quem gosta de cinema TEM que ver!!!
Uma construcão incrivelmente ousada, de um documentário sem nenhuma pretensão, e de valor inestimável.
CORUMBIARA é LINDO!!!!
Não estou falando sozinha...
Em Gramado o filme levou vários Quiquitos: Melhor filme, melhor diretor, melhor edição...e outros.
Vincent Carelli com um dos merecidíssimos prêmios em mãos!
O diretor é o nosso amigo querido, orgulho da galera, Vincent Carelli, que há mais de vinte anos conduz o Projeto Vídeo na Aldeias.Para quem não conhece, do site www.videonasaldeias.org.br:
..." Um projeto precursor de produção audiovisual indígena...A trajetória do Vídeo nas Aldeias permitiu criar um importante acervo de imagens sobre os povos indígenas no Brasil e produzir uma coleção de mais de 70 filmes, a maioria deles premiados nacional e internacionalmente, transformando-se em uma referência nesta área."...
Mas não se enganem os apressados. Corumbiara vai além da "área"...
Fomos assistir o filme ontem, na Mostra de Cinema e Direitos Humanos, que acontece simultaneamente em diversas capitais do Brasil. Um luxo que aqui também tem!
Débora me pegou no skype hoje de manhã, as duas ainda totalmente tocadas pelo filme, e já me cobrou a postagem...
Esta postagem, portanto, tem coautoria dela.
Não deixem de ver!
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Ontem em Londres...
SKY e WWF lançam campanha SKY Rainforest Rescue, para conservação da Amazônia e mitigação das mudanças climáticas.
Quem mandou a notícia foi Luis Meneses, nosso amigo chic, que estava lá. Não só estava, como falou em nome de todos nós, segundo ele, para a nata do ambientalismo britânico, presente à solenidade no Kew Garden.
A campanha tem como objetivo a captação junto aos assinantes SKY, de £ 4 milhões, a serem investidos em ações de desenvolvimento sustentável e conservação de 3 milhões de hectares de florestas no Acre!
Para não faltar divulgação, estão emprestando charme à campanha, a top model inglesa Lily Cole e o ator e jornalista Ross Kemp da série de televisão Gangs.
Quem mandou a notícia foi Luis Meneses, nosso amigo chic, que estava lá. Não só estava, como falou em nome de todos nós, segundo ele, para a nata do ambientalismo britânico, presente à solenidade no Kew Garden.
A campanha tem como objetivo a captação junto aos assinantes SKY, de £ 4 milhões, a serem investidos em ações de desenvolvimento sustentável e conservação de 3 milhões de hectares de florestas no Acre!
Para não faltar divulgação, estão emprestando charme à campanha, a top model inglesa Lily Cole e o ator e jornalista Ross Kemp da série de televisão Gangs.
Lily Cole e sua graça, em prol da Amazônia
O Governador Binho apareceu virtualmente, em vídeo gravado especialmente para ocasião, e segundo Luis, muito bem preparado.
Em abril de 2010, Kemp virá ao Acre gravar 2 documentários para a TV, para mostrar como e quem vive nessas florestas daqui.
Chic demais!
Parabéns a todos, especialmente ao WWF Brasil, mais ainda, ao WWF AC, que demonstram credibilidade e competência ao promoverem parcerias bacanas como essa.
Do Acre para o mundo...Aguardem!
Em abril de 2010, Kemp virá ao Acre gravar 2 documentários para a TV, para mostrar como e quem vive nessas florestas daqui.
Chic demais!
Parabéns a todos, especialmente ao WWF Brasil, mais ainda, ao WWF AC, que demonstram credibilidade e competência ao promoverem parcerias bacanas como essa.
Do Acre para o mundo...Aguardem!
O segredo...
Das belezas daqui da casa do Ramal dos Dez, que eu tenho tido o privilégio de zelar, as rosas são sempre as rosas... do jardim da minha amiga Cila.
A da foto nasceu nesses dias de Maha Lakshmi...
Linda e vigorosa como ela, que cultiva flores e poesia, como esta de Mario Quintana...
A da foto nasceu nesses dias de Maha Lakshmi...
Linda e vigorosa como ela, que cultiva flores e poesia, como esta de Mario Quintana...
domingo, 18 de outubro de 2009
Ano Novo na India
A noite passada, de 17 para 18 de Outubro de 2009, foi noite de Ano Novo na India!
Noite de Diwali!
Diz a crença que nesta noite de Lua Nova, a Deusa Lakshmi, Deusa da Prosperidade e da Abundância, entra nas casas mais limpas e iluminadas.
Por isso, chama-se também Festa das Luzes, pois em cada vilarejo indiano, é costume acender velas nas portas e janelas das casinhas, em oferecimento a Maha Lakshmi.
É tempo de agradecer e honrar a energia da prosperidade.
Deixar a casa arrumada e as contas em dia.
Vamos aproveitar.
Feliz Ano Novo!!!
sábado, 17 de outubro de 2009
Negócios Sustentáveis
Estive no Sudeste esses dias. Rio e São Paulo.
Fui tratar do Plano Estratégico da Cadeia Produtiva da Borracha, trabalho que acabo de ser convidada a coordenar, pelo Governo do Acre e o WWF Brasil.
Certamente falarei sobre isso aqui neste espaço, nos próximos meses. Sim, porque o trabalho vai durar meses.
Plano Acre Borracha 2040
A idéia do Nilton Cosson, Secretário de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, apoiada pelo Governador Binho Marques, é reunir num documento, um acervo de dados históricos da borracha, focado em políticas públicas, e seus impactos socioeconômicos, com uma análise do quadro atual, do conjunto do que está sendo feito hoje, mas principalmente, a definição de uma estratégia de Estado que norteie as ações dos próximos governos (estadual e federal), no que se refere a Cadeia da Borracha no Acre, até 2040!
Estou honrada com convite e a confiança depositada no meu trabalho, e naturalmente desafiada com a responsabilidade assumida.
E nesta primeira rodada de conversas, fui atrás de apoios de intituições acadêmicas para a montagem do Plano. Voltarei em outro momento com os detalhes desta missão.
Inspiração para o trabalho
Por ora, a novidade que trago, é o lançamento do Livro de Roberto Smeraldi, O Novo Manual de Negócios Sustentáveis, no qual tive a sorte de estar presente, na passagem por São Paulo.
Na palestra na Livraria da Cultura, estavam a comentar o livro, além de Roberto, José Eli da Veiga e Fábio Feldman. Um luxo de conversa, um luxo de livro, que recomendo a todos os amigos e parceiros que estão às voltas com os defafios e reflexões sobre a construção de uma sociedade de consumo mais eficiente e inteligente.
Roberto, como sempre, tráz em sua conversa um volume incrível de informações e uma abordagem perspicaz, a partir de uma visão privilegiada do horizonte amazônico, que ele mantém há vinte anos, à frente de Amigos da Terra-Amazônia Brasileira, como ressaltou José Eli da Veiga em sua fala sobre o livro.
Trouxe para o Acre dois exemplares além do meu, para dois amigos-parceiros de trabalho com quem venho tendo o prazer de compartilhar vivências e reflexões sobre o assunto, Débora Almeida, do Núcleo Maturi, e Dande Tavares, Coordenador da Área de Mercados do WWF Brasil, a partir do comando do WWF AC.
Espero com isso potencializar a experiência da leitura.
Convido todos a entrarem na onda.
Boa leitura!
Fui tratar do Plano Estratégico da Cadeia Produtiva da Borracha, trabalho que acabo de ser convidada a coordenar, pelo Governo do Acre e o WWF Brasil.
Certamente falarei sobre isso aqui neste espaço, nos próximos meses. Sim, porque o trabalho vai durar meses.
Plano Acre Borracha 2040
A idéia do Nilton Cosson, Secretário de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, apoiada pelo Governador Binho Marques, é reunir num documento, um acervo de dados históricos da borracha, focado em políticas públicas, e seus impactos socioeconômicos, com uma análise do quadro atual, do conjunto do que está sendo feito hoje, mas principalmente, a definição de uma estratégia de Estado que norteie as ações dos próximos governos (estadual e federal), no que se refere a Cadeia da Borracha no Acre, até 2040!
Estou honrada com convite e a confiança depositada no meu trabalho, e naturalmente desafiada com a responsabilidade assumida.
E nesta primeira rodada de conversas, fui atrás de apoios de intituições acadêmicas para a montagem do Plano. Voltarei em outro momento com os detalhes desta missão.
Inspiração para o trabalho
Por ora, a novidade que trago, é o lançamento do Livro de Roberto Smeraldi, O Novo Manual de Negócios Sustentáveis, no qual tive a sorte de estar presente, na passagem por São Paulo.
Na palestra na Livraria da Cultura, estavam a comentar o livro, além de Roberto, José Eli da Veiga e Fábio Feldman. Um luxo de conversa, um luxo de livro, que recomendo a todos os amigos e parceiros que estão às voltas com os defafios e reflexões sobre a construção de uma sociedade de consumo mais eficiente e inteligente.
Roberto, como sempre, tráz em sua conversa um volume incrível de informações e uma abordagem perspicaz, a partir de uma visão privilegiada do horizonte amazônico, que ele mantém há vinte anos, à frente de Amigos da Terra-Amazônia Brasileira, como ressaltou José Eli da Veiga em sua fala sobre o livro.
Trouxe para o Acre dois exemplares além do meu, para dois amigos-parceiros de trabalho com quem venho tendo o prazer de compartilhar vivências e reflexões sobre o assunto, Débora Almeida, do Núcleo Maturi, e Dande Tavares, Coordenador da Área de Mercados do WWF Brasil, a partir do comando do WWF AC.
Espero com isso potencializar a experiência da leitura.
Convido todos a entrarem na onda.
Boa leitura!
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Principe encantado...
Minha impressão quando ví esta foto de Marina recebendo o Prêmio Mudanças Climáticas em Mônaco, esta semana, foi de que o Príncipe Albert II estava totalmente encantado...
A beleza e a elegância de Marina já são conhecidas por aqui.
Danusa Leão certa vez escreveu toda uma coluna social comentando sobre isso, com o título "Marina é Fashion".
Para alegrar o blog e não deizer que eu não falo mais de MODA, resolvi oferecer aos amigos um pequeno ensaio fotográfico da Senadora, seu estilo e sua força.
Lá vai:
Ainda no tempo das camihadas nos seringais, à frente das fileiras,
quando era conhecida como Neguinha da Sopa.
Em 1989, vestindo um modelito com a marca oficial da campanha de Lula a presidência, criada e oferecida ao PT pela empresa Cores Vivas...Quem se lembra?
Em 1998, em Washington, com o cineasta Andrian Cowel e Jorge Viana, outro bonitão acreano, em visita ao Banco Mundial em busca de apoio para o projeto de desenvolvimento sustentável do Acre.
Como Senadora, não só pelo que veste, mas principalmente por sua conduta, Marina é um show de elegância no Senado!
Representanto o Brasil nos fóruns internacionais. Orgulho!
Só elegantes...
Chegando no PV...
Fotografada por Bob Wolfenson para a Vogue RG.
Recebendo o Prêmio Sophie de Meio Ambiente na Noruega em Junho de 2009...
Marina você é bonita com o que Deus lhe deu...
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